12/03/08

II FESTIVAL DAS COMPANHIAS DESCENTRALIZADAS

25 de Março:

Teatro do Montemuro
O AMOR
21h30, Pequeno Auditório Theatro Circo

O Amor é como uma pequena planta silvestre que se instala atrevidamente no nosso jardim, depois vai crescendo, e levemente contagia todas as outras plantas que se deixam seduzir por todo o seu encanto.
Tal como o amor, as plantas sofrem. São muitas as vezes que elas fecham as suas pétalas, despedaçando lágrimas para depois solta-las em pequenos pedaços, só para que o jardim não fique triste ao vê-la chorar.

Texto: Eduardo Correia
Encenação: Eduardo Correia
Direcção musical: Carlos Adolfo
Cenografia: Purvin
Desenho de luzes: Paulo Duarte
Interpretes: Abel Duarte, Paulo Duarte, Rodrigo Viterbo, Carlos Cal, Daniela Vieitas, Neusa Fangueiro
Produção executiva: Paula Teixeira, Lúcia Simões
Direcção de cena: Abel Duarte
Design gráfico: Helen Ainsworth


26 de Março:

ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve
O LONGO SONO DA HEROÍNA
15h, Pequeno Auditório Theatro Circo


Tendo como ponto de partida o conto “A Bela Adormecida”, dos irmãos Grimm, criou-se uma peça interactiva para jovens, de forma a que estes, ao interferirem, possam expressar o seu próprio entendimento da mesma em questões tão relevantes como o consumo de droga e suas consequências, relações entre pais e filhos, relações entre amigos e colegas. A peça visa constituir um contributo do teatro para a educação.

Texto: Ana Baião e Sissel Paulsen
Encenação: Ana Baião
Intérpretes: Elisabete Martins e Nuno Góis
Fotografia: Baltazar Terlica
Produção Executiva: Elisabete Martins
Direcção de Produção: Luís Vicente


CTB - Companhia de Teatro de Braga

AUTO DA BARCA DO INFERNO
21h30, Sala Principal Theatro Circo

Será que a maledicência, o orgulho, a usura, a concupiscência, a venalidade, a petulância, o fundamentalismo, a inveja, a mesquinhez, o falso moralismo cristão… têm entrada directa no Paraíso? Ou terão de passar pelo Purgatório? Ou vão directamente ao Inferno? E a pé, de pulo ou voo? Aliás, onde fica e como designamos o Lugar onde estamos? E que paraíso buscamos?
Uma revisão da CTB, em demanda da modernidade sobre o texto Vicentino e o prazer do jogo teatral.
Um espectáculo (na sequência de Pára-me de Repente) sobre a nossa memória identitária.

Autor: Gil Vicente
Encenador: Rui Madeira
Figurinos: Sílvia Alves
Actores: Carlos Feio, Rogério Boane, Teresa Chaves, Rui Madeira, Solange Sá, Jaime Soares, Alexandre Sá
Desenho de luz: Fred Rompante
Espaço Cénico: Rui Madeira
Operador de Luz: Vicente Magalhães
Desenho e operação de Som: Pedro Pinto



27 de Março:

Teatro do Montemuro
MÃOS GRANDES
11h, Pequeno Auditório Theatro Circo

Eis que chega o primeiro dia de férias de Paulo e Queta. Dois irmãos que vivem numa pequena aldeia da Beira Alta.
Paulo procura no primeiro dia de férias a aventura e o perigo. O segredo obscuro do velhote que vive no cume da aldeia tem de ser descoberto.
Existe no fundo da aldeia um casebre velho que se encontra durante todo o dia fechado e à noite, da janela do quarto das crianças, vê-se luz e o fumo a sair da chaminé, durante muito tempo.
Lá vive uma figura envelhecida, pouco sorridente, rude e com umas mãos grandes que pareciam gastas com o tempo, de quem era capaz de cometer algum crime.
Personagens divertidas e coloridas de palmo e meio dão vida a um espectáculo dirigido essencialmente para as crianças. Um espectáculo divertido e acessível, com uma forte vertente pedagógica.

Texto: Thérèse Collins
Tradução: Paula Teixeira
Encenação: Steve Johnstone
Direcção musical: Simon Fraser
Sonoplastia: Simon Fraser
Cenografia e figurinos: Maria João Castelo e Ana Limpinho
Assistência à cenografia: Abel Duarte, Eduardo Correia
Construção de cCenários: Carlos Cal e Rodrigo Viterbo
Interpretes: Paulo Duarte e Daniela Vieitas
Produção executiva: Paula Teixeira e Lúcia Simões



A Escola da Noite
AUTO DA ÍNDIA

21h30, Sala Principal Theatro Circo

Auto da Índia é considerado um texto fundador d'A Escola da Noite. Propomos agora uma abordagem completamente diferente, assente em novos pressupostos, comprovando a capacidade plástica e a riqueza deste texto: uma maior proximidade com o público; a concentração e a depuração do trabalho do actor e do jogo teatral; a clareza, o rigor e o gosto na utilização da palavra vicentina.

Autor:
Gil Vicente
Direcção artística: António Augusto Barros, António Jorge, Sílvia Brito e Sofia Lobo
Elenco: António Jorge, Maria João Robalo, Miguel Magalhães e Sílvia Brito
Objecto cénico: João Mendes Ribeiro
Figurinos: Ana Rosa Assunção
Luz: Danilo Pinto



28 de Março:

ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve
NADA DO OUTRO MUNDO

21h30, Sala Principal Theatro Circo

O espectáculo colhe título numa frase recorrente nos dois textos que o constituem e que ocorre associada a uma lógica de predador – no primeiro caso personificada por um jornalista e no segundo caso por um auto-intitulado agente de Segurança.
No primeiro texto, O Suicida, a abordagem remete para a relação manhosa e cínica que alguma imprensa cria e mantém com o cidadão, valorando o facto jornalístico, ainda que deturpado, assente na espectacularidade e com indiferença pelo rigor.
No segundo texto, O Segurança, a narrativa dramática remete para uma abordagem à prepotência exercida por um suposto agente de autoridade sobre um cidadão incauto: assumem particular relevância crítica, salientada por um registo de absurdo, as deduções e induções de uma inquirição de circunstância na via pública.
Textos do quotidiano: cruéis, irónicos, absurdos.

Texto: Guy Foissy
Tradução: Paulo Matos
Dramaturgia e Encenação: Paulo Matos
Cenografia: Tó Quintas
Figurinos: ACTA
Intérpretes: Luís Vicente, Paulo Matos
Assistência de Encenação: Bruno Martins
Desenho de Luz, Operação de Luz e Som: Octávio Oliveira
Produção Executiva: Elisabete Martins
Direcção de Produção: Luís Vicente



29 de Março:

Teatro das Beiras
YNARI
15h, Pequeno Auditório Theatro Circo



Ynari é uma menina que tem um enorme desejo de conhecer o pequeno mundo que a rodeia, a floresta, o rio, as aldeias vizinhas…
Ela não sabe ainda que cada uma das suas cinco tranças têm poderes mágicos. Um dia descobre perto do rio da sua aldeia um homenzinho muito pequeno que lhe revela a existência da guerra. Ajudada pela magia das suas cinco tranças, Ynari vai provar que as crianças podem participar na mudança das mentalidades que sustentam as guerras e que é possível que todas as aldeias vivam em paz.

Texto: Adaptação de um conto do escritor angolano ONDJAKI
Encenação: Isabel Bilou
Cenografia e figurinos: Inês Carvalho
Música: Gil Salgueiro Nave
Interpretes: António Saraiva, Teresa Baguinho, Sara Silva


A Escola da Noite
MATÉRIA DE POESIA
18h, Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva


Definido como um “espectáculo-recital”, Matéria de Poesia afasta-se do formato convencional dos recitais de poesia, assumindo um claro cruzamento entre as linguagens da poesia e do teatro e tirando o máximo partido das vivíssimas imagens propostas pelos autores. Em relação a cada um dos poemas, a companhia propõe uma leitura cénica que partilha com o espectador ao representá-los em palco.

Texto: Sophia de Mello Breyner Andresen, Adélia Prado, Manoel de Barros, Carlos de Oliveira e Alexandre O'Neill
Guião e direcção artística: António Augusto Barros
Elenco: António Jorge, Maria João Robalo, Sílvia Brito e Sofia Lobo
Adereços: Ana Rosa Assunção e António Jorge


Teatro das Beiras
MOLIÈRE
21h30, Sala Principal Theatro Circo

Esta comédia biográfica, onde Goldoni mistura temas do TARTUFO com os amores de Molière e Bejart, é uma homenagem a um dos seus mestres declarados, para além de um ataque a hipócritas e maldizentes, de que tanto sofria o próprio Goldoni.
A obra apresenta bastantes detalhes da vida de Molière. Alguns personagens correspondem a sujeitos reais: Valério não é outro que o comediante Baron; Leandro é La Chapelle.
Goldoni manifesta nesta obra a sua profunda admiração pelo genial autor francês e homenageia-o trazendo a cena as suas virtudes e desencantos, e revelando o seu olhar arguto sobre o mundo em mudança, que é também o reino do engano onde “todos somos comediantes já que o mundo é uma comédia.”

Encenação: Gil Salgueiro Nave
Cenografia: Luís Mouro
Tradução: Luís Nogueira
Interpretação: António Saraiva, Paulo Miranda, Fernando Landeira, Teresa Baguinho, Sara Silva, Sónia Botelho, Rafael Freire e Luís Manhita.



30 de Março:

CTB - Companhia de Teatro de Braga
O ESCARAVELHO CONTADOR
11h, Pequeno Auditório Theatro Circo


Como uma caixa dentro de uma caixa, dentro de uma caixa, dentro de uma caixa o escritor escreve as histórias que o escaravelho lhe contou e que o encenador transforma em imagens no teatro e de que por sua vez os actores são os fazedores. Assim, o livro do Pina "Histórias que me contaste tu" se transforma em teatro para os mais novos que por sua vez levarão os mais crescidos a acompanhá-los nestas histórias vivas.

Autor: Manuel António Pina
Encenação e transposição cénica: José Caldas
Cenografia e figurinos: José António Cardoso
Música: Criada colectivamente a partir da música tradicional portuguesa
Actores: Carlos Feio, Rogério Boane, Jaime Soares, Solange Sá, Teresa Chaves, Alexandre Sá.
Desenho de Luz: Fred Rompante



Centro Dramático de Évora
ALÉM AS ESTRELAS SÃO A NOSSA CASA

21h30, Sala Principal Theatro Circo

Em torno de um conjunto de textos de criação dramática de Abel Neves reunidos no livro “Além as Estrelas são a Nossa Casa”, obra que reúne trinta pequenas histórias, das quais foram seleccionados unicamente sete, que serão apresentadas neste espectáculo: “Ring the bell please”; “Electrico para o céu”; “Sempre acreditei que a claridade é a gentileza do filósofo – disse Ortega y Gasset”; “Além as Estrelas são a Nossa Casa”; “Eu se não subo ao pessegueiro, morro”; “A Marte”; e “Anda, vamos ver as montras”.
As personagens, sonhadoras de universos, vivem frequentemente no fio da navalha, divididas entre a força e a fragilidade, assumindo uma dupla existência dramatúrgica. Se parecem ter os pés bem assentes na terra, os seus pensamentos projectam-se em espaços mais abertos, mais disponíveis, em busca de harmonia e de absoluto.
Com um objectivo claro, mas muito exigente, trata-se de dar forma e conteúdo a cada história, um desafio que se coloca em toda a equipa e, em particular, aos actores por serem eles os protagonistas do processo de criação.

Texto: Abel Neves
Encenação: José Russo
Cenografia e figurinos: Cristina Cutrale
Banda sonora: Wladimiro Garrido Guerra
Iluminação: Pedro Bilou
Assistente de iluminação: Ana Vela González (estagiária no âmbito do Programa Europeu Leonardo da Vinci)
Elenco: Ana Meira, Isabel Bilou, Jorge Baião, Maria Marrafa e Rui Nuno.
Direcção de cena: Pedro Bilou
Produção: Cristina Cutrale e Pedro Bilou
Operação de luz e som: Pedro Bilou
Guarda-roupa: Vicência Moreira
Fotografia: Paulo Nuno Silva
Design gráfico: Milideias, Comunicação Visual, Ldª

Bilhetes: Matéria de Poesia: entrada livre
O Longo Sono da Heroína, Mão Grandes, Ynari e O Escaravelho Contador: 5€
Restantes peças: 10€
Grupos mínimos de 10 pessoas ou mediante apresentação do cartão jovem 20% de desconto.
Passe de 10 espectáculos: 60€

10/03/08

CTB nas comemorações dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil

Doroteia e Auto da Barca do Inferno

A digressão da CTB – Companhia de Teatro de Braga em terras de Vera Cruz prossegue na Baía, onde no âmbito das comemorações do bicentenário da chegada da corte de D. João VI ao Brasil vai apresentar as peças Doroteia, de Nelson Rodrigues e Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente .

As apresentações acontecerão no Teatro Vila Velha (Salvador), nos dias 11 e 12 de Março, e no Teatro da Cidade do Saber (Camaçari), nos dias 15 e 16 de Março. Ainda em Salvador, Rui Madeira irá dirigir a Oficina Inferno, um "workshop" sobre a peça Auto da Barca do Inferno.

Relembramos que esta digressão teve como primeiro destino São Paulo, cidade na qual a CTB apresentou as duas peças e teve, ainda, a honra de encerrar – perante lotação esgotada – o I Festival Ibero-Americano de Teatro, com a peça de um dos maiores ícones do teatro brasileiro, Nelson Rodrigues.

05/03/08

II FESTIVAL DAS COMPANHIAS DESCENTRALIZADAS



No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro realiza-se entre 25 e 30 de Março, em Braga, o II Festival das Companhias Descentralizadas.

CTB – Companhia de Teatro de Braga; Teatro Regional da Serra do Montemuro; Teatro das Beiras (Covilhã); A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra; CENDREV – Centro Dramático de Évora e ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve (Faro) são as companhias que integram este festival que tem como objectivos apresentar o trabalho artístico teatral produzido fora dos grandes centros urbanos e promover a reflexão sobre a problemática da criação, a necessidade de circulação e a optimização de recursos.

Organizado pela Companhia de Teatro de Braga, em parceria com o Theatro Circo e com o Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga, o certame apresenta também na sua programação uma série de debates de reflexão e discussão, e, ainda, a exposição O Que é o Teatro? que estará patente em vários espaços da cidade.

03/03/08

Digressão no Brasil

Quatro anos volvidos desde a primeira digressão, onde foram apresentadas as peças Algumas Polaroids Explícitas e Da Vida de Komikaze, a CTB – Companhia de Teatro de Braga regressa ao Brasil para concretizar a digressão prevista e anunciada para Setembro de 2007.

Na bagagem vão as peças Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente e Doroteia de Nelson Rodrigues, espectáculos que serão apresentados em São Paulo e na Bahia.
Ainda em São Paulo, a CTB participará no I Festival Ibero-americano de Teatro, projecto desenvolvido pela Fundação Memorial da América Latina, com a peça Doroteia da autoria de um dos mais importantes dramaturgos brasileiros. Inserido, ainda, nas actividades deste evento, Rui Madeira, director da CTB, participará no debate “A expressão teatral contemporânea na América Latina e suas relações com o teatro da Península Ibérica”.
Já na Bahia e no âmbito da apresentação da peça Auto da Barca do Inferno realizar-se-á a Oficina Inferno que será ministrada por Rui Madeira.

Esta digressão tem o apoio da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e das empresas DST sgps e José Peixoto Rodrigues e Cia, Lda.


Agenda:

1. São Paulo:

Dia 01, 21h00Auto da Barca do Inferno, Teatro Arthur Azevedo. Vila Prudente São Paulo.

Dia 02, 20h00Doroteia, Teatro Arthur Azevedo. Vila Prudente, São Paulo.

Dia 04, 20h30Doroteia, Teatro Municipal de Maua. São Paulo.

Dia 06, 20h00Auto da Barca do Inferno, Teatro Conchita de Moraes. Santo André – São Paulo.

Dia 07, 20h00 – Doroteia, Teatro Municipal de Mogi Mirim. Mogi Mirim – São Paulo.


Inserido no I FESTIVAL IBERO-AMERICANO DE TEATRO DE SÃO PAULO:

Dia 03, 16h00 – Debate: A EXPRESSÃO TEATRAL CONTEMPORÂNEA NA AMÉRICA LATINA E SUAS RELAÇÕES COM O TEATRO DA PENÍNSULA IBÉRICA

Integrantes da Mesa
Gloria Levy (Uruguai)
Rui Madeira (Companhia Teatro de Braga)
Márcio Meirelles (Secretário de Cutura do Estado da Bahia)
Eduardo Tolentino (SP/Br)
Profa. Dra. Neyde Veneziano (Curadora do Festival)

Dia 09, 20h00Doroteia, Teatro Simon Bolivar (encerramento do Festival)



2. Salvador da Bahia:

Dia 11, 20h30Auto da Barca do Inferno, Teatro Vila Velha.

Dia 12, 20h30Doroteia, Teatro Vila Velha.

Dias 14, 21h00Auto da Barca do Inferno, Teatro Municipal de Camaçari.

Dia 15, 21h00Doroteia, Teatro Municipal de Camaçari.

Dias 11, 12, 13 e 14 – Oficina Inferno.