25/02/10

XII edição da Semana Cultural da Universidade - Coimbra



Concerto “à la carte”
de
Franz Xaver Kroetz

4 de Março, 21h30
Teatro Académico Gil Vicente
Coimbra


A CTB – Companhia de Teatro de Braga vai participar na XII edição da Semana Cultural da Universidade, que vai decorrer entre 1 e 6 de Março, em Coimbra. Concerto “à la carte” de Franz Xaver Kroetz, com interpretação de Ana Bustorff e encenação de Rui Madeira, integra o ciclo “do monólogo, coisa pública” organizado pela Reitoria da Universidade de Coimbra e pel'A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra. A apresentação terá lugar no Teatro Académico Gil Vicente, no dia 4 de Março, às 21h30.

Após apresentações no Theatro Circo (Braga); Auditório Municipal de Cultura de Castro Daire; Teatro Stabile Della Sardegna (Cagliari, Itália); Teatro Carlos Alberto (Porto); Teatro Sá da Bandeira (Santarém); Teatro Municipal de Almada; Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra); estão ainda agendados espectáculos no Teatro Aveirense, 12 de Março; Teatro Viriato (Viseu), 22 de Maio; e, São Paulo e Rio de Janeiro, de 17 a 25 de Julho.

04/02/10

Rubem Fonseca


A CTB – Companhia de Teatro de Braga e a Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra estão já a preparar a segunda co-produção. A nova peça, a partir da obra do autor brasileiro, Prémio Camões (2003) Rubem Fonseca, surge depois de Sabina Freire de Manoel Teixeira-Gomes, criada no âmbito das Comemorações do Centenário da República.

José Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora (Minas Gerais), em 1925. Formado em Direito, exerceu várias profissões antes de se dedicar inteiramente à escrita literária. Acredita, como Joseph Brodsky, que a verdadeira biografia de um escritor está nos seus livros. Mora no Rio de Janeiro desde os 8 anos de idade.

TROILO E CRÉSSIDA


Troilo e Créssida, de William Shakespeare, peça inédita em Portugal, tem estreia marcada para 29 de Abril, no Teatro Municipal de Almada, numa co-produção da Companhia de Teatro de Almada, CTB - Companhia de Teatro de Braga e ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve.

Dirigidos por Joaquim Benite e José Martins, sobem ao palco André Laires, Jaime Soares e Mónica Duarte(actores da CTB), num elenco que integra também Alberto Quaresma, André Albuquerque, André Gomes, André Silva, Carlos Pereira, Carlos Santos, Celestino Silva, Ivo Alexandre, João Abel, Luís Vicente, Luzia Paramés, Manuel Mendonça, Maria Frade, Mário Spencer, Marques d’Arede, Miguel Martins, Tânia Silva.

A cenografia e figurinos serão da responsabilidade de Christian Ratz, cenógrafo francês do Teatro Nacional de Estrasburgo.
Escrita entre 1602 e 1603 – contemporânea de Hamlet, portanto –, a peça foi desprezada até finais do século XIX, sendo-lhe apontados desequilíbrios vários (seria uma comédia ou uma tragédia?) e, até, um recorte escandaloso.
A história do amor arrebatado entre o herói Troilo – o mais jovem dos filhos de Príamo, rei da cidade de Tróia – e a grega Créssida, que tem lugar numa Tróia já sitiada pelos gregos – é apenas uma das linhas que tece esta trama dramática, mais interessada em demonstrar a pusilanimidade do grego Aquiles, cuja recusa em combater custa a Nestor e a Ulisses persuasivos apelos a uma mudança de atitude.
A infidelidade de Créssida – personagem medieval que aqui se intromete –, o apagamento de Troilo e a morte de Heitor às mãos de Aquiles sinalizam a decadência de um mundo heróico, que tocou particularmente os encenadores contemporâneos, desiludidos com um Mundo de guerras e enganos sucessivos.

Estando a rainha moribunda (Isabel I de Inglaterra morreria em 1603), William Shakespeare escreve Troilo e Créssida, peça em que – segundo Peter Ackroyd, autor de Shakespeare/A biografia – «todas as certezas e crenças da vida de corte são tratadas como material para riso e humor negro.
Shakespeare aposta [aqui] em subverter deliberadamente a lenda de Tróia. É uma peça em que as crenças ortodoxas na coragem troiana e na bravura grega são invertidas, revelando uma realidade dura, brutal e hipócrita subjacente às acções de ambos os lados. Os únicos valores são os que o tempo e a moda vendem: vender é aqui a palavra justa, uma vez que todos os valores são mercadorias para comprar e vender no mercado.
Troilo e Créssida é uma comédia selvagem e satírica sobre os temas do amor e da guerra, que trata ambos como falsos e volúveis. [...] As palavras de Shakespeare são magnéticas. Todas as partículas de uma cultura de corte decadente, um mundo decadente de heroísmo e nobreza individuais atravessaram o seu ser».